PUBLICAÇÃO SEQUENCIAL
ASPECTO MORAL E RELIGIOSO
DO ESPIRITISMO
A CIÊNCIA E A RELIGIÃO
ALLAN KARDEC
HÁ MUITAS MORADAS NA CASA DE MEU PAI
ALLAN KARDEC
Livro consultado: O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
Tradução de Gilon Ribeiro
Cap. V – Itens – 21 a 24
Publicado em:
07/03/2016
CAPÍTULO V
BEM-AVENTURADOS OS
AFLITOS
Causas anteriores das
aflições – Esquecimento do passado
Cap. V – pg. 120 - Itens
– 25 e 26.
CAPÍTULO V
A melancolia
25. Sabeis por que, às vezes, uma
vaga tristeza se apodera dos vossos corações e vos leva a considerar amarga a
vida? E que vosso Espírito, aspirando à felicidade e à liberdade, se esgota,
jungido ao corpo que lhe serve de prisão, em vãos esforços para sair dele. Reconhecendo
inúteis esses esforços, cai no desânimo e, como o corpo lhe sofre a influência,
toma-vos a lassidão, o abatimento, uma espécie de apatia, e vos julgais
infelizes. Crede-me, resisti com energia a essas impressões que vos enfraquecem
a vontade. São inatas no espírito de todos os homens as aspirações por uma vida
melhor; mas, não as busqueis neste mundo e, agora, quando Deus vos envia os
Espíritos que lhe pertencem, para vos instruírem acerca da felicidade que Ele
vos reserva, aguardai pacientemente o anjo da libertação, para vos ajudar a
romper os liames que vos mantêm cativo o Espírito. Lembrai-vos de que, durante
o vosso degredo na Terra, tendes de desempenhar uma missão de que não suspeitais,
quer dedicando-vos à vossa família, quer cumprindo as diversas obrigações que Deus
vos confiou. Se, no curso desse degredo-provação, exonerando-vos dos vossos encargos,
sobre vós desabarem os cuidados, as inquietações e tribulações, sede fortes e corajosos
para os suportar. Afrontai-os resolutos. Duram pouco e vos conduzirão à companhia
dos amigos por quem chorais e que, jubilosos por ver-vos de novo entre eles,
vos estenderão os braços, a fim de guiar-vos a uma região inacessível às
aflições da Terra. - François de Genève. (Bordéus.)
BEM-AVENTURADOS OS
AFLITOS
Provas voluntárias. O verdadeiro cilício
26. Perguntais se é licito ao homem
abrandar suas próprias provas. Essa questão equivale a esta outra: É lícito,
àquele que se afoga, cuidar de salvar-se? Aquele em quem um espinho entrou,
retirá-lo? Ao que está doente, chamar o médico? As provas têm por fim exercitar
a inteligência, tanto quanto a paciência e a resignação. Pode dar-se que um
homem nasça em posição penosa e difícil, precisamente para se ver obrigado a
procurar meios de vencer as dificuldades. O mérito consiste em sofrer, sem
murmurar, as consequências dos males que lhe não seja possível evitar, em
perseverar na luta, em se não desesperar, se não é bem-sucedido; nunca, porém,
numa negligência que seria mais preguiça do que virtude.
Essa
questão dá lugar naturalmente a outra. Pois, se Jesus disse:
"Bem-aventurados os aflitos", haverá mérito em procurar, alguém,
aflições que lhe agravem as provas, por meio de sofrimentos voluntários? A isso
responderei muito positivamente: sim, há grande mérito quando os sofrimentos e as
privações objetivam o bem do próximo, porquanto é a caridade pelo sacrifício;
não, quando os sofrimentos e as privações somente objetivam o bem daquele que a
si mesmo as inflige, porque aí só há egoísmo por fanatismo.
Grande
distinção cumpre aqui se faça: pelo que vos respeita pessoalmente, contentai-vos
com as provas que Deus vos manda e não lhes aumenteis o volume, já de si por
vezes tão pesado; aceitá-las sem queixumes e com fé, eis tudo o que de vós
exige ele. Não enfraqueçais o vosso corpo com privações inúteis e macerações
sem objetivo, pois que necessitais de todas as vossas forças para cumprirdes a
vossa missão de trabalhar na Terra. Torturar e martirizar voluntariamente o
vosso corpo é contrariar a lei de Deus, que vos dá meios de o sustentar e fortalecer.
Enfraquece-lo sem necessidade é um verdadeiro suicídio. Usai, mas não abuseis, tal
a lei. O abuso das melhores coisas tem a sua punição nas inevitáveis consequências
que acarreta.
Muito
diverso é o que ocorre, quando o homem impõe a si próprio sofrimentos para o alívio
do seu próximo. Se suportardes o frio e a fome para aquecer e alimentar alguém
que precise ser aquecido e alimentado e se o vosso corpo disso se ressente,
fazeis um sacrifício que Deus abençoa. Vós que deixais os vossos aposentos perfumados
para irdes à mansarda infecta levar a consolação; vós que sujais as mãos
delicadas pensando chagas; vós que vos privais do sono para velar à cabeceira
de um doente que apenas é vosso irmão em Deus; vós, enfim, que despendeis a
vossa saúde na prática das boas obras, tendes em tudo isso o vosso cilício,
verdadeiro e abençoado cilício, visto que os gozos do mundo não vos secaram o coração,
que não adormecestes no seio das volúpias enervantes da riqueza, antes vos constituístes
anjos consoladores dos pobres deserdados.
Vós,
porém, que vos retirais do mundo, para lhe evitar as seduções e viver no insulamento,
que utilidade tendes na Terra? Onde a vossa coragem nas provações, uma vez que
fugis à luta e desertais do combate? Se quereis um cilício, aplicai-o às vossas
almas e não aos vossos corpos; mortificai o vosso Espírito e não a vossa carne;
fustigai o vosso orgulho, recebei sem murmurar as humilhações; flagiciai o
vosso amor-próprio; enrijai-vos contra a dor da injúria e da calúnia, mais pungente
do que a dor física. Aí tendes o verdadeiro cilício cujas feridas vos serão
contadas, porque atestarão a vossa coragem e a vossa submissão à vontade de
Deus. Um anjo guardião. (Paris, 1863.)
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