quarta-feira, 12 de outubro de 2016

EDITORIAL



Lajeado/TO, 17/12/2017 - 17:05 h. (pm)

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E QUE A PAZ DE DEUS ESTEJA COM TODOS
FALSOS CRISTOS E FALSOS PROFETAS
Octávio Caumo Serrano

"Amados: Não creiais em todos os espíritos, mas provai se eles vêm de Deus - João 4.1"

      Ao estudar o capítulo XXI de O Evangelho Segundo o Espiritismo, vem-nos à mente como somos ingênuos ao permitir que falsos profetas tenham sucesso. Ao consultar os desencarnados. Kardec raciocinou que eles eram as almas dos homens que morreram e, portanto, não tinha toda  sabedoria. Puro bom senso.
      Encantados com o termo profeta, que nas velhas escritas designa: "os chamados por Deus para revelar o futuro aos homens comuns", passamos a ser crédulos, sem bom senso, caindo em armadilhas. Daí vem a origem dos falsos profetas que, segundo as advertências de Mateus e Marcos, enganarão até os escolhidos. A nossa boa fé é tão sem critério que entregamos nossa vida, o bem mais precioso que temos, a qualquer um dessem supostos emissários. O líder religioso, o patrão, o político. o falso amigo... Diz o povo que para cada esperto há dez tolos. Os sabidos sempre terão oportunidades para suas falcatruas, porque são hábeis e sabem como explorar a credulidade das pessoas simples. Até os inteligentes são enganados porque são convincentes; encarnados e desencarnados.
      Onde estão os falsos profetas? Em todas as áreas: Na mídia irresponsável e ardilosa, na política desonesta, nas religiões mercantilistas, que se proliferam em abundância no planeta. É a razão porque todos querem ter uma emissora de rádio ou TV, é por isso que os partidos políticos chegaram a um número que ninguém consegue memorizar e é por essa razão que nasce todo dia uma igreja nova, falando mal das outras, tentando eliminar a concorrência para que sobre uma fatia mais gorda de cada bolo repartido, se deem bem. Quem tiver curiosidade entre nos programas de pesquisas da internet e digite "falsos profetas", terão vídeos e filmes para assistir por um mês mostrando o treinamento que os chefes religiosos fazem com seus colaboradores para assaltar com mais facilidade e convencimento o ingênuo que procura vencer-se na vida sem fazer força.
      Ainda funciona o toco-mocho, que é a venda por 10 um bilhete sorteado com 100. Um esperto percebe a fragilidade de outro que se julga sabido e, por ganância, aproveita para lucrar. Quando se vê ludibriado, reclama, embora seja tão desonesto quanto o outro. Se o primeiro lhe propôs vender por 10 o que valia 100, e ele aceitou rapidamente ficar com os 100 pagando apenas 10, mereceu ser enganado. como um empresário que dá dinheiro para a igreja na ilusão de que Deus aumentará seu faturamento. Mesmo que seja ineficiente como o industrial que não modernizou o parque produtivo, só porque dá dinheiro para a igreja, acha que Deus vai recompensá-lo mandando clientes para adquirir seus produtos. E os que não podem pagar (na igreja)? vão à falência? Mas no "céu" não tem bancos e Deus não vive de juros! Só alguém muito ingênuo para acreditar nessas leviandades.
      Mesmo no Espiritismo onde o dinheiro não é comum, o falso profeta se alimenta da vaidade. Perguntem algo e ele terá a resposta que resolve qualquer problema. Por que as pessoas querem ainda falar com espíritos, fazer perguntas sobre seu passado e seu futuro, depois de conhecer o evangelho de Jesus? "Faz que o céu te ajuda", "a quem te tomar um manto dá também a túnica", "Se alguém te obrigar a caminhar mil passos, vai com ele dois mil; vende tudo que tens e me segue!", o Espiritismo não promete salvação a não ser "por prestação de serviços": "Fora da caridade não há felicidade, fora do bem não há salvação para ninguém!".
      André Luiz nos explicou que perguntas fúteis são respondidas por espíritos atrasados que se sentem importantes por orientar. Espírito superior cuida da coletividade, não da individualidade. A não ser que alguém tenha missão relevante e mereça um guia que o assessore: Kardec e o Espírito de Verdade, Chico Xavier e  Emmanuel e outros benfeitores, cujos mentores nem se apresentaram, mas fatalmente eles os tiveram: Ghandhi, Luther King, Mandela, Teresa de Calcutá, Dulce da Bahia e tantos outros.
      O verdadeiro espírita nunca será um falso profeta; ele é reconhecido pela sua transformação moral e pelo esforço que faz no combate às suas más inclinações". Não se reconhece o espírita verdadeiro apenas pelos passes que aplica ou recebe, pelas palestras que faz ou assiste, pelos atributos mediúnicos, mas pelo bem que que com isso constrói, abrangendo as diferentes formas de caridade e lutando para sair do mundo com um caráter melhor do que chegou quando foi premiado pela nova reencarnação. Quem prestigia os falsos profetas são os ingênuos verdadeiros. E como estes são maioria, enchem as igrejas alimentando os desonestos, elegem políticos corruptos que lhes oferecem vantagens irrisórias e compram mercadoria adulteradas. E são esses "que fazem correntes em defesa da honestidade, exigem renúncias dos que trapaceiam e posam como pessoas de bem. Mas se prevalecem do amigo para furar a fila ou passar na frente de quem chegou primeiro".
      O que observamos é uma deterioração na nossa humanidade em termos de caráter. A desonestidade e a mania de levar vantagem a qualquer preço, se encontra no DNA da maioria de nós, sendo quase sempre transmitida por genética, apesar de ofender-nos se alguém nos disser isso. Ao nos analisarmos com rigor veremos que é uma lamentável realidade e um impedimento para que sejamos solidários e fraternos, sem que sejamos ao mesmo tempo um tolo e um falso profeta. Oremos e vigiemos. Mas com um rigor que nunca usamos até agora. Os tempos estão no fim; é preciso correr!
      O que nos estimula a seguir a luta é saber que o comando segue nas mãos de Deus. Os verdadeiros profetas, organizadores da nova Terra de regeneração, já estão nascendo ou se programando. Façamos por merecer nossa permanência por aqui; encarnados ou candidatos a uma nova vida material neste mundo depois de renovados. Criemos mérito para tal.

O ESPIRITISMO E A CRISE BRASILEIRA
“É indispensável secar a fonte, ou seja combater as causas dos males que atingem nossa sociedade.”
Texto escrito por: F. Altamir da Cunha – altamir.cunha@bol.com.br

Nos últimos anos temos acompanhado através da mídia, notícias que revelam uma das maiores crises da história do Brasil; tanto no aspecto socioeconômico quanto no moral.

A inflação ultrapassou níveis considerados suportáveis; o desemprego cresceu; a insegurança se instalou em vários setores da sociedade, com predominância as classes já há muito consideradas menos favorecidas; a violência urbana coloca o país como um dos mais violentos do mundo; criaturas que mal chegaram à adolescência são protagonistas desse triste drama e são reconhecidas como de alta periculosidade; a corrupção parece ter se tornado prática comum no cenário político.
Como consequência, a população brasileira, angustiada, anseia por providências que transformem esse indesejável cenário, propiciando que a paz, a justiça e a prosperidade se tornem realidade. As manifestações populares são frequentes, atendendo a um direito ínsito em qualquer país regido pela democracia. No entanto, no meio da imensa massa que ocupa as ruas, inconformada com a indesejável situação, encontram-se revoltados e violentos que não acreditam em mudanças enquistadas de forma pacífica; agridem, depredam patrimônios públicos e privados, sem perceber que tão equivocada atitude é equivalente à de quem pretende sarar um ferimento colocando ácido.
As propostas apresentadas para solucionar a crise são variadas, obedecendo ao sabor das ideologias partidárias e de alguns setores influentes da sociedade.

Na prática, porém, muito mais do que interesse em resolver as graves questões, com vista ao progresso e ao bem-estar da população, assistimos a uma luta desenfreada em atendimento a interesses individuais e de grupos. Basta considerarmos as propostas que concedem aumentos substanciosos de recursos financeiros, beneficiando partidos políticos, em detrimento de setores importantes como educação, saúde, segurança, etc., em contraste com uma das principais propostas por eles mesmos, apresentadas; a contenção de gastos.

A corrupção e a violência são as duas principais causas das inconformações e revoltas da população, que sugere leis mais duras para punir os infratores; justificam tal proposta afirmando que a impunidade e a brandura das penas estimulam o aumento e a perpetuação das contravenções.
Ante tão complexos problemas, à luz da Doutrina Espírita, sem o envolvimento em paixões partidárias ou interesses que não sejam direcionados ao bem-estar da coletividade, o que teríamos a propor?

Iniciemos analisando a proposta de leis mais severas, como solução aos citados desmandos, recorrendo ao Livro dos Espíritos, na questão 796;

No estado atual da sociedade a severidade das leis penais não constitui uma necessidade?

“Uma sociedade depravada certamente precisa de leis severas. Infelizmente, essas leis mais se destinam a punir o mal depois de feito, do que lhe secar a fonte. Só a educação poderá reformar os seres humanos que, então não precisarão mais de leis tão rigorosas!".
É bem verdade que a impunidade poderá estimular aqueles que em potencial são portadores de enfermidades morais à prática da corrupção e da violência; porém a severidade das leis por si só não eliminará o mal. É indispensável secar a fonte, ou seja, combater a causal. Somente a educação e não apenas a educação convencional, mas sim a que espiritualiza e desperta o autoconhecimento, que não dissocia direitos de deveres. Eduque-se o Ser, conscientizando-o sobre a imortalidade da alma, a reencarnação, a lei de causa e efeito que proporciona a cada um segundo as suas obras, e, com certeza, todos pensarão muito antes de agir. Claro que os resultados não se farão de imediato; é preciso tempo para que se desconstrua a educação materialista que os animou há séculos. Porque não é suficiente crer; é preciso ter convicção, certeza. Haja vista a todos que de forma direta ou indireta são responsáveis por esse triste drama que em sua grande maioria tem religião definida.
Pelo exposto sem nenhuma paixão ou fanatismo, podemos a firmar que o Espiritismo tem muito a contribuir não somente para a solução dos graves problemas que massacram o povo brasileiro, mas os de toda a humanidade. Porque “(...) destruindo o materialismo, que é uma das chagas da sociedade, ele faz que os seres humanos compreendam onde se encontram seus verdadeiros interesses. Deixando a vida futura de estar velada pela dúvida, os seres humanos perceberão melhor que, por meio do presente lhe é dado preparar o futuro(...)”.
Mais espiritualizado e mais consciente da lei de causa e efeito que rege nossas ações, o cidadão agirá com responsabilidade quanto à escolha dos que serão responsáveis pela condução da nação; não pensarão apenas em seus interesses, porém nos interesses da coletividade. Sendo assim, também, destes dirigentes espiritualizados, sem as influências limitadoras do materialismo, espera-se a sintonia com as lições maravilhosas do Mestre Jesus, instituindo como pilares de sua administração:
a)  O trabalho – “O Pai até hoje trabalha e eu também trabalho”.
 Não há nação próspera sem trabalho; o trabalho é a força propulsora do progresso. Em um país onde seus habitantes se acomodam à ociosidade, trocando o trabalho pelo assistencialismo governamental ou outras ações semelhantes, predominarão sempre a estagnação e a miséria.

b)  O amor – “Um mandamento vos deixo, que vos ameis uns aos outros como eu vos amei”.
O amor em prática chama-se caridade; e o verdadeiro sentido da palavra caridade como a entendia Jesus é apresentado na questão 886 de O Livro dos Espíritos: “Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas”.

Onde existe amor, existe a união, o respeito, a solidariedade e a tolerância. Não há lugar para orgulho e o egoísmo; consequentemente inexiste qualquer forma de violência, corrupção, desigualdades extremas ou personalismo, individual ou de grupo. O lema “cada um por sí”, cederá lugar a “todos por todos”.
A população brasileira, angustiada, anseia por providências que transformem esse indesejável cenário de crise, propiciando que a paz, a justiça e a prosperidade se tornem realidade.
c)  Justiça – “Tudo que quereis que os seres humanos vos façam, fazei vós também a eles”.
Feliz o povo cuja nação é dirigida com justiça; nela não existirá parcialidade, protecionismo, nem tampouco perseguição. Os que julgam e os que dirigem agirão sempre com imparcialidade, ainda que os beneficiados sejam seus opositores; pondo em prática o que o Mestre Jesus ensinou: “Dai a Cézar o que é de Cézar e a Deus o que é de Deus”.
Não temos dúvidas que em uma nação onde sejam cumpridos fielmente estes princípios reinará a paz e a prosperidade.   

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1.    Kardec, Allan. O livro dos Espíritos, trecho da resposta à questão 799.

O Autor – “F. Altamir da Cunha” - é bacharel em matemática, palestrante, escritor e articulista de vários periódicos espíritas.

Publicação: Revista Internacional de Espiritismo – RIE-Ano XCI Nº 12 – Matão/SP – jan/2017. Pg. 655.



QUERO CONVIDAR AOS CARÍSSIMOS IRMÃOS AMIGOS PARA ASSISTIREM AO VÍDEO DO LINK ABAIXO
CONSIDERAMOS IMPORTANTÍSSIMO

Publicado em: 19/01/17 
EVOLUÇÃO CIENTÍFICO-RELIGIOSA
Moral artificial sem razão e sem inteligência é moral sem sanção
   A moral não é um conjunto artificial de fórmulas catequizantes que impressionam as massas e as submetem pelo terror. É antes o resultado dos conhecimentos adquiridos nestas duas ramificações do saber: a ciência e a religião.
     Moral artificial sem razão e sem inteligência é moral sem sanção.
     Base primordial da evolução dos povos, a moral, para que seja recebida pelos homens de inteligência e de sentimentos, não se impõe como um princípio imperativo, apresenta-se no campo livre do pensamento com todas as características da verdade: “noumenos” (a palavra “noumenos”, usada por Kant. Significa: aquilo que é pensado) e, fenômenos; palavras e fatos; manifestações subjetivas e manifestações objetivas. É revestida de todas estas circunstâncias, portadora de todas essas insígnias que ela convida o homem ao estudo, à observância e à meditação.
      Há moral científica e há moral religiosa, e tanto uma como outra nos conduzem ao mesmo desiderato: a evolução pela ciência, a evolução pela religião. Ambas partem do mesmo princípio, que é Deus ambas nos elevam à mesma dignidade que é a perfeição, para uma rápida aproximação da Divindade.
     Daí a sentença do Apóstolo: “que a vossa caridade cresça em todos os conhecimentos para que não tenhais tropeços no dia de Cristo”. E esta outra de Jesus. Sede perfeitos como perfeito é o vosso Pai Celestial”.
     A ciência não se expõe por meio de fórmulas sibilinas, nem sinais hieroglíficos; ela é o produto de acurado estudo no produtivo campo de sua fenomenologia, de cujo exame livre se deduz pela razão e pela lógica a causa expoente dos fenômenos observados. Assim é na química, na física, na biologia e em todos os ramos da instrução que vão erguendo as gerações.
     A religião a seu turno, compõe-se de teoria e fatos, teoria erguida justamente sobre esses fatos observados e observáveis, que constituem a demonstração categórica dos princípios justificados pela lógica e pela razão
     É um erro grosseiro que tem sido referendado até aqui pelos intelectuais que se constituíram guias dos povos, orientadores das massas: a separação absoluta da ciência da religião, e o caráter meramente sentimental desta com uma fé cega, cujos princípios se acham em decidida colisão com os teoremas da ciência. Dizemos teoremas, porque a ciência especializada pelo oficialismo contém, a seu turno, muitos princípios que não podem ser demonstrados, tal a precipitação dos acadêmicos em decretar artigos de fé sem a sanção dos fatos e que se chocam constantemente com a razão e o bom senso. Em empregamos a expressão teorema na sua genuína significação: princípio que pode ser demonstrado por fatos.
     Esse erra crasso, que vai às raias do absurdo, proclamado pelos espíritos acomodatícios e subservientes, é a causa principal da paralização da humanidade, ou antes, do seu desequilíbrio mental, que tem originado a depressão dos caracteres e dos costumes, nos fazendo retroagir no campo da moral, de modo a todos censurável.
      Verdade seja que os homens mais sinceros, mais leais e de mais caráter tem repelido energicamente essa transigência vil da ciência com a religião e vice-versa, por parte dos seus turiferários e proclamado, com justas razões, a falência religiosa, visto os princípios genéricos adotados pelo sacerdotalismo, colidirem com a verdade científica erguida sobre fatos.
     Daí o início da luta, que se vem eternizando entre a ciência e a religião, mas a da “religião”, que insiste em manter os seus princípios falsos, para os quais evoca uma inspiração divina.
     É justamente nessa questão milenar, deprimente para a humanidade, reacionária para o liberalismo que se esforça em vencer os entraves escravizantes opostos aos pensadores para as altas conquistas da fé e da sabedoria, que o Espiritismo intervém, proclamando que a religião não pode deixar de encarar a razão face a face, e que sendo ela de caráter progressivo, como é a ciência e como é tudo no Universo, exige dos seus adeptos, ao lado do estudo, do raciocínio, da pesquisa, do livre exame, muita sinceridade, muita lealdade para a indestrutível edificação da fé.
     Em linguagem mais clara: não se pode crer na gênese católica ou protestante, com a sua esdrúxula concepção de formação do mundo e criação dos seres, e ao mesmo tempo adotar as teorias de Laplace, de Kant, de Newton, como não se pode em face daquelas ideias que embalaram os nossos antepassados, se admitir a antropologia, a geologia, a paleontologia, que constituem os ensinos obrigatórios das nossas academias.
     A unidade de crenças é indispensável ao homem, como o é toda a humanidade. Se entre dois princípios houver colisão, é que ou ambos são falsos, ou um deles não é verdadeiro, não podendo se pôr em harmonia com o outro. E o homem não pode absolutamente se orientar por dois princípios contraditórios entre si e, portanto, destruidor um do outro. Ou bem a verdade, ou bem o erro.
     Bipartir a mentalidade humana para a aceitação de ideias heterogêneas, contraditórias, é o mesmo que levar um homem ao labirinto no qual ele não possa encontrar uma saída. O Espiritismo veio, pois, no momento azado para resolver todas essas dificuldades que nos fizeram paralisar na Estrada do Progresso.
     Ele nos diz que a religião é impoluta em sua verdade e que a ciência não pode, absolutamente, contradizer. Religião e ciência separadas até aqui pela classe sacerdotal, encontram um traço forte de união na nova Doutrina (Espiritismo), que explica a contento a vida com suas anormalidades estranhas e a vida real, imortal, num conjunto harmonioso e belo de aptidões e conhecimentos aptos a nos fazer entrever novos planos de Espiritualidade, sucessíveis pelo progresso que formos adquirindo, seja na esfera religiosa, seja na esfera científica, com acesso para uma felicidade ascendente e de acordo com o nosso progresso e evolução intelectual e moral.
     O ensino dos espíritos unindo a religião à ciência, a sabedoria à fé, escoima desta todas as impurezas com que a interpretação sacerdotal a maculou, assim como transfunde na ciência, até aqui materialista, uma seiva devida nova, erguendo-a do átomo perdido no seio da terra, às vibrações do éter onde a força se faz sentir numa permuta constante de vida que anima as almas.
     E assim, então se veem cair e desaparecer para sempre as vetustas lendas da criação do mundo da formação dos seres; o Universo desdobra-se às nossas vistas, numa deslumbrante formosura e nos aparecem a ordem e a harmonia, como fatores dessa obra infinita que muito mal podemos entrever.
     Daí a formação e o crescimento da moral arrebatando-nos para os altos píncaros. A fé, como um poderoso aríete sustentando-nos nas lutas, e a verdade esplendorosa se desenhando às nossas vistas com insistentes convites para uma ascensão constantes, mas infinita aos supremos tabernáculos de Deus.
     A evolução dos povos depende da evolução científico-religiosa. Sem esta não pode haver verdade, não pode haver luz, não pode haver moral.

Arnaldo.



QUE A PAZ DE DEUS ESTEJA SEMPRE COM TODOS!